“As poesias não servem pra nada”, meu segundo livro.
Estranhamente eu vou escrever sobre meu segundo livro sem nem mesmo escrever sobre o primeiro, levando em conta que o segundo é meio que o…
Estranhamente eu vou escrever sobre meu segundo livro sem nem mesmo escrever sobre o primeiro, levando em conta que o segundo é meio que o primeiro.
Pera, deixa eu explicar.
Esse segundo livro só contem poesias minhas e quando eu comecei a organizar esse livro, selecionando as poesias, revivendo os momentos, vendo o que eu disse, se eu diria de novo, se eu não diria, se doeria, se não doeria e coisas do tipo, foi até que um período rápido pra toda essa ação — levando em conta que o primeiro livro, que foi um romance, foi escrito, revisado, editado e terminado por volta de um ano — e isso me causou um tipo de estranhamento do tipo “pô, mas isso tá muito rápido”, só depois em um café com um amigo de significância gigantesca é que eu percebi que não, não foi rápido não, muito pelo contrário, afinal, eu comecei escrevendo poesias, é o que eu mais escrevo e, bom, já faz uns bons anos e uns bons cadernos velhos que as escrevo só pra um suspiro rápido no último ponto final.
Agora ele tá aí completo com algumas dezenas de poesias do meu último caderno que, por mera curiosidade, é o caderno mais fodido que eu tenho, que realmente ele está destruído, com manchas reais de café, de água caída, sem capa, com muitos rabiscos e folhas rasgadas, sendo uma metáfora concreta do que foram esses escritos nesses tempos não-tão-passados.
Não é a toa que a dedicatória do livro é para o desespero.
De qualquer forma é uma das maiores vivências justamente por trazer meu âmago aglomerando todos esses momentos.
Bom, faça o download do livro aqui: AS POESIAS NÃO SERVEM PRA NADA.
Tenho que fazer duas observações, uma importante e outra bem fútil.
A primeira é que: Eu tenho de agradecer em gritos pras ilustradoras que fizeram artes e que se ofereceram mesmo não mandando nada, em uma ajuda mútua de pura benevolência e arte. A capa que vocês veem a arte no início do post é da graciosa Rebeca Canhestro,uma letrista, musicista, poeta e o caralho a quatro que eu vou deixar uma música aqui no post pra quem não conhece ter noção da voz maravilhosa junto de sua companheira Carolina Figs.
Sério, é dos ouvidos sorrirem.
A segunda é: Cara, não adianta, eu não sei ganhar grana com as minhas artes, não sou bom nisso, se eu ganho é meio que acontecendo, na sorte, eu não sirvo pra burocracia, contratos, renda e toda essa complexidade, eu pensei em mil formas de ser bom pra mim, o autor e pro leitor, e sempre cai em deixar de graça.
Então vai na fé, nego.