Será assim, toda quarta eu postarei uma de minhas poesias, conteúdo que tenho e produzo a mais de uma década, então, é coisa pra caralho e quero movimentá-las, botar cada vez pro mundo, portanto, aproveitem a lambida que os olhos seus darão na minha alma.
tenho te olhado em minha lembrança
e ela voltou a ter tons de tesão.
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ora, é claro que somos grandes amigos e amores,
mas,
no início era um que queria comer o outro.
depois, amansou a fome e nosso companheirismo da mais genuína amizade aflorou no altar do ateliê de nossas caixas torácicas.
e que bom,
pois, a adultez navalha as amizades de forma quase demasiadamente simples.
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como dito, é um altar,
mas,
a fome de comer se atualiza,
assim,
de repente.
como quem tropeça num desejo desimportante,
apesar de,
aparentemente,
delicioso.
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a fome de comer se atualiza.
a fome de te comer.
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e acho que seja sobre bocas, paladares, sorrisos, línguas,
muito mais do que penetrações e profundidades que não sejam dos dedos ou
da intimidade.
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bem que eu queria, mas,
eu não acho que seja a forma certa de te comer,
sinceramente.
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sei que preciso me lambuzar e sorrir,
talvez seja esse o que te delira,
perdendo apenas para o delírio que tem
e temos
em todas as mulheres do mundo.
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se pudesse, transaria exatamente como uma mulher lésbica,
mas,
obviamente não posso,
então ficaria no rejunte de tudo que é ânima
e mostraria meus dentes
pra te ver gozar.
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tenho enorme curiosidade em seus gemidos,
genuína curiosidade.
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acho que mais do que nunca esse tesão e vontade
balança entre a amizade e a intimidade
e isso é simples,
isso é bom.
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até lá, anseio para que,
tomara, um dia,
por pura diversão,
minha face se encontre com o meio de suas pernas.
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